Um fenômeno curioso vem acontecendo nos últimos anos. Impulsionadas pela
maré boa da economia internacional, e assustadas com o baixo
crescimento interno, algumas empresas brazucas tem aproveitado para
expandir seus negócios lá fora, mas com uma modalidade nova até então
para a nossa realidade: ao invés da exportação pura de bens prontos, as
empresas brazucas tem aproveitado para construir instalações industriais
em outros países, passando a exportar, de fato, serviços e tecnologia,
fato incomum na nossa tradicional balança comercial.
Entre os
mais recentes exemplos do "mperialismo das corporações brazucas" podemos
citar: a compra pela Vale do Rio Doce de uma mineradora canadense; o
recente interesse (frustrado por enquanto) da CSN em adquirir empresas
siderúrgicas na Europa; o domínio da Gerdau no mercado norte-americano; a
expansão das obras de engenharia da Odebrecht pela América do Sul,
África e Oriente Médio, com o recente término de uma hidroelétrica em
Angola; e talvez a principal de todas elas: nossa querida e adorada
Embraer.
A Embraer consolidou-se como lider do segmento de aviões
comerciais de pequeno porte (até 110 passageiros), desbancando
completamente a canadense Bombardier, e agora ousa vôos mais altos,
apostando no mercado de médio porte (120 a 160 passageiros), hoje
totalmente dominado pela americana Boeing e pela européia Airbus. A
empresa brasileira acaba de fechar a construção de uma fábrica na China,
visando o atendimento do absurdamente crescente mercado asiático.
São
exemplos de empresas que, apesar da estagnação no país, não cruzaram os
braços e vêm, a passos largos, dominando seus segmentos no mercado
globalizado. Parabéns aos seus executivos!
Cabe ressaltar que 3
dessas empresas (Vale, CSN e Embraer) só começaram a crescer e ser
competitivas no mercado externo quando conseguiram se livrar das amarras
do controle estatal.
E tem gente que ainda defende o outro lado...
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